A Yoani já contou no seu blog Generación Y os detalhes da diatribe que ambos tivemos que ouvir numa estação de polícia da boca de dois oficiais do Ministério do Interior. Como sou de digestão mais lenta, levei um pouco mais de tempo a comentar o assunto, mas só farei algumas interrogações sobre as palavras que mais me chamaram a atenção: “O senhor está inapto para qualquer diálogo com as autoridades cubanas”. Peço desculpa se não estou a citar exactamente como foi dito mas, como se sabe, eles não quiseram expressá-lo por escrito.
Aqui estão as minhas perguntas:
- Estamos em vésperas de um diálogo com as autoridades?
- Existe uma agenda para esse diálogo?
- Os pontos dessa agenda são estabelecidos somente por quem tem o poder?
- O Ministério do Interior tem o que é necessário para determinar quem está apto ou não para ter um diálogo com as autoridades cubanas?
- Os oficiais do Ministério do Interior assumem que são eles a autoridade com quem se tem de dialogar?
- Ali, onde há pessoas desqualificadas porque há um “qualificador”. Quais são os requisitos que é necessário cumprir para dialogar com as autoridades? E essas normas ou regras são secretas?
- Quem estará apto para um diálogo que não acabe por ser um monólogo ou um coro onde todos estão perfeitamente ensaiados para dizer o mesmo?